Tomos nós escondemos um passado que em quase nada tem a ver com o que somos no presente. Por vezes, na juventude, quando os nossos traços de carácter e personalidade ainda se estão a formar, percorremos caminhos que em pouco se assemelham com o percurso que o futuro nos reserva. Em 1909 um pequeno jovem que buscava um sonho mudou-se para Viena, capital Austríaca e cidade que abrigava a conceituada Academia de Artes.
Seu nome, na altura desconhecido, seria um dos mais marcantes do século XX. Tratava-se do futuro Chanceler Alemão Adolf Hitler, que ditou o destino de milhões no maior conflito do século XX. Veja algumas telas de Hitler:
Durante um ano errou pelas ruas de Viena vivendo em abrigos e lendo panfletos e tabloides com ideias anti-semitas e como qualquer outro artista frustrado, negou um emprego fixo em detrimento de trabalhos ocasionais, podendo assim dedicar-se também à venda dos seus trabalhos. A sua convicção era elevada, e durante este período, copiou cenas de postais ilustrados para tela (há evidências de ter produzido cerca de 2000 trabalhos), vendendo sobretudo a turistas. Depois da segunda recusa de entrada na academia, sem dinheiro, paulatinamente desapareceu Hitler, o artista, e em 1934 surgiu Hitler, o senhor da guerra.
Os trabalhos que alcançaram maior valor foram duas pinturas finalizadas em 1911 e 1914, cujo leilão que decorreu em 1999 rendeu cerca de 130.000 dólares. Será justo dizer que este valor foi alcançado não pelas características das pinturas, mas sim pelo nome e figura que Hitler desempenhou no seio da história. Ficará para sempre no ar a pergunta: e se ele tivesse sido admitido na academia? Será que a história do século 20 seria diferente? O tempo de amargura, frustração e leitura revolucionária contribuiu para a criação daquele que mais marcou a história do século passado?
Afinal o gajo era artista... não sabia, pensei que só era artista da arte de fazer mal.
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